No cacilheiro para Lisboa
Há um baloiçar de criança
das ancas do sol
nos olhos cinzentos da água.
Nos meus olhos
só há luz para iluminar
os lagartos aquáticos
que povoam o teu ventre.
As taças de pudim caseiro
que tu cozinhaste
para os gatos gulosos
dos meus dedos nos teus seios
de açúcar queimado.
Lisboa, 27.07.1980.
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