terça-feira, 23 de dezembro de 2008

CHAPLIN

Mas eu espero espero por ti amor
rapariga que nem és minha nem dos amigos.
Alma contrabando do meu relógio de bolso.

Espero por ti minha estimada flor
a dezassete forints cada. Um senhor decote
dos desejos mais íntimos dos olhares
de entrega e rendição mais clandestinos.

Não nem palavras nem camas constipadas
pela instabilidade continental do clima
porque eu espero espero por ti gata brava
do monte a pilhar galinhas alheias.

Doçura-amor do filme incompleto
na candeia dos teus braços de lua cheia
no copo do vinho. Eu espero espero por ti!

Budapeste, 14.10.1980.

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