quarta-feira, 10 de setembro de 2014

III. O Milagre a Fotografia e a Matemática



1. Milagre

Mesmo no meio das tuas costas
havia um desenho de vermelho vivo.
Parecia um verdadeiro milagre
com contornos de janela medieval
para promover os paradigmas da felicidade.

Para esconder os segredos da civilização
e que com os mistérios das delícias da ribeira
cobria de junquilhos as escadas da vida

A importação da filosofia no ínicio da noite
A engenharia no verão da sensualidade
A construção projectada do amor artesanal.

Com a solidariedade social da chuva.
A tua imagem reflectida no espelho da saudade.

2. Fotografia

No altar pagão da mercearia do nosso amor
tardes e noites de trincas, promessas e perfumes
confundia a harpa do templo com a capela do tempo.

Escrevia sobre estrelas, como investir no mar
e como cuidar da terra antes da despedida do vento.
Com o pronto a vestir feito à medida dos desejos
e as mãos da lua nova desse verão de sete vidas.

A designação: Dia internacional do baton da moda
das sementes valiosas do tesouro da melancia.
Pétalas da papoila rubra da primeira casa posta
os lábios vermelhos mais carnudos da fotografia.

Cotovia no cântico sem medo da conspiração
na ousadia dos espelhos que a nudez descobriam.

3. Matemática

Se queimar calorias é matemática
comer sardinha assada no pão
a barriga, é pura ilusão da química.

Esquecia o despertador na sala
para begónia, de manhã ser vista a correr
a baloiçar com as maminhas na mão.

- Até aos primeiros cabelos brancos
que sorte, os homens não tem idade
dizia, com um sorriso de desafio e insinuação.

 Páginas dessa história de amor e liberdade.

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