segunda-feira, 23 de março de 2009

EM ATENAS COM O PÉTER


1. Viajava com a Lufthansa para Frankfurt destino Munster
com um ambíguo sentimento de preocupação e algum alívio
interrogava-me do motivo de ter permitido a quase falência
- de tão endividada - da minha liberdade da minha dignidade.

Quando não se está só nesta passagem linda mas curta
o pão é o mais importante e não só para os mais pobres
respondia para me justificar para me acalmar. Aí mesmo
decidi que de tantos sapos tantas rãs teria de vomitar.

2. Ouvia e via e não acreditava. Ali na cidade de Atenas
a negação brutal da matemática sem a mínima vergonha.
0 vezes 0 não era = a zero era igual a opus-dei da ilustre
cadeira do novo CEO - pai do sol e mãe da luz pensava.

3. Ao vivo nunca vi um Jacques tão tonto e tão vulgar
um de la Palisse - será que o chairman prefere la Palice?
Têm mais charme mais classe de palacete? - como o barrete
comum a cuspir postas de pescada e baboseira a toda a hora.

4. Se o copo têm pouca água então não está vazio
e se não está vazio até pode estar cheio de coisa nenhuma.
Em caso de dúvida digam ao PM para ligar cá ao Péter!

5. Ali estava vergado pela vergonha do açoite público
por não ser sector privado toupeira de pasta preta gravata azul
mais os sapatos por engraxar as horas de perder tempo
toupeira nos pisos menos do imponente hotel intercontinental.

6. Eu ia pensando na Marta de comboio para Munster
com Eszter para a operação há longos meses marcada.

7. Péter nosso guia maior - não Coreia do Norte do Líbano -
à grego pagou-nos a todos um excelente typical-lunch-almoço.
De restaurantes já devia saber que não há almoços gratuitos
faltava a sobremesa os pratos por lavar. A dolorosa?
Foi paga com um cartão dos impostos dos contribuintes.

8. No tempo livre que nos ficou até à hora da partida do avião
com três amigos – Pedro Ernesto e Carlos – demos um belo passeio
por Atenas e ainda tivemos tempo de ir a Acrópole com guia local.

9. O lábio da minha Martinha ficou perfeito e ela ainda mais bonita.
Custa a acreditar mas passei mais frio em Munster que em Moscovo.

10. Se há deus e deve haver pelo que me diz convicto o grilo
da consciência do Pinóquio que pedi emprestadoao velho Gepeto
se há deus mesmo com cartão de platina e duplo password
do santo ofício deveria saber que milagre o Pai não dorme.

11. Mr. Piėrre rien ne vas plus rien ne vas plus senhor do nada
talvez um dia o Deus de todos – plebeu e colectivo –
diga para que finalmente seja cumprido. Por mais pequeno
que seja o camelo não vai caber no buraquinho da agulha.

12. Dizia para mim de cabeça baixa um dia vou voltar
só para dizer que estive ali sem este falso profeta do século XXI.
Estive em Atenas milenar sem aquele PLM-cherne de piscicultura.

13. Na cidade da matemática do amor à sabedoria e de Sócrates
que só sabia que nada sabia das maiorias nas praças da cidadania
sentia o cheiro do nosso grande péter. A merda da sua alquímia.

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