terça-feira, 19 de julho de 2011

SETE BROTOS DE TRIGO


Não penses por ser afável a Lua é fácil de rimar
como o fumo branco soprado do sul pelo Vento
que se vai iluminar sentar-se na torre da televisão
e finalmente feminina desfazer-se em pó na tua rua.

Dizia feliz-ano-novo a tradição do calendário antigo
e sonhava haver um espelho indicando o caminho
mas primeiro sem pressas deixa-me ser amante em ti.
Podia ler-se no ecrã no ínicio precoce da noite.

-Sete mesas guardadas pelos desejos eternos.
Sete maçãs e secos os sete frutos de oliveira.
Os sete brotos de trigo na seara da primavera.

-Sete pratos escolhidos pelas lentilhas do prazer.
Sete castas servidas com o melhor vinho da poesia.
Vinagre os sete ventos distantes de luas por acender.

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