terça-feira, 19 de julho de 2011

ROSTO DE MÁRMORE FINO


"Não te aflijas se por amor penetras no deserto
e as espinhas te ferem" Hafez

Segundo terá sido escrito encontraram
sem querer um astrolábio com ferrugem
que já teria servido em épocas adversas.

Para os poetas mais jovens saberem a tempo
sem a ilusão de onde estaría o seu coração
com a sintetização da poesia nos teus olhos.

Não seriam tempos muito diferentes dos de hoje
quando se caminhava pela antiguidade de Shiraz
pelos vinhedos e pelos jardins frescos da cidade.

Sem as mil madrugadas as tardes da preguiça
uma só noite de bem estar e não pediria mais
desse corpo incrédulo que queria unir ao seu.

Se tentação ou alquimia o seu véu ainda fechado
como as palavras com filigrama da tua boca
roseiral vermelho estivesse tão perto de se abrir.

Poderia recriar no cobre de outras aventuras
e afluente acariciar o teu rosto de mármore fino
onde dizem ser bom provar-te vagarosamente.

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