terça-feira, 19 de julho de 2011

A CIDADE DE MÁRMORE


"Como será o mar sem ti?
Vão-se converter em areia as minhas recordações?"
Sakir Wa’el

Quando chegam às praias do velho continente
ao lado sensual do livro posterior da pedra.
Sentam-se à volta do fogo e desfazem-se da sede
com desenhos de pessoas irmãos e alguns animais.

Em vida pensam nas vantagens materiais da fé
das promessas nas horas do tudo ou quase nada.
Por isso vão para casa mais cedo para lerem
acabarem o livro antes do sono da último noite.

Pode ser que caminhem lado a lado pela rua
que o patrocínio pedido dos amantes chegue a horas.
Que os nossos dedos de tão perto nem se toquem
mas nessa distancia de nada lá estará todo o amor.

Agora falta apenas o navio fazer-se ao mar
contornar com as mãos a cidade de mármore.
A solidão persa das dálias de uma princesa
e na verdade do fogo por ti recomeçar de novo.

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