terça-feira, 19 de julho de 2011

OS DEDOS HÚMIDOS DA LUA


"A solidão
é ouvir como se apagam as estrelas" Sakir Wa’el

Na pausa nocturna para se secar na areia
depois de se banhar no estuário do rio
dizem que os dedos húmidos da Lua
quiseram acariciar a tua face esquerda
mas o Vento vagabundo já não estava.

O Vento na divisão da fome matinal
na soma das parcelas das mãos
pedia a luz da Lua só para ele.
Por nada sabia não ter esse direito
mas era mais forte que a razão.

Um dia o Vento e a Lua vão-se encontrar.
Não! Eu estou no céu e não me posso mover
mas Vento pode ir e ninguêm o pode impedir.

A noite desejada do novo eclipse aproxima-se
enquanto dormes Lua e eu ainda não voltei
brilha,  brilha linda e pensa um pouco em mim.

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