"Já suei o suor de oito séculos de mar
o tempo de onze meses de ordenado"
in "A Máquina Fotográfica"
in "A Máquina Fotográfica"
A aristocracia popular dos sábios lãzudos
da revolta lançada borda fora sem um gesto de piedade
bateu em cheio no rosto à bruta com todas as costas.
A doer no asfalto no cimento mal-armado
do desterro das ideias da caridade de plástico
do desterro das ideias da caridade de plástico
impunemente mentirosa com tiques de beata tonta.
Enquanto a poluição se encaminha para o mar
as dúvidas por perguntar há muito que tinham sumido
pela abertura da banheira pelos canos da desilusão.
Como o esquecimento anónimo do exílio prolongado
porque para subir ao pico mais alto da montanha
precisava apenas de um carro o pé no acelerador.
Lisboa, setembro 2009 – Budapeste, 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário