"Terra onde o mar é bastante
para guardar os teus segredos"
in "Tempo da Lenda das Amendoeiras"
As matas e as florestas dos ataques surpresa
das emboscadas furtivas do direito à indepêndencia
seriam das guerras se não fossem da paixão.
Se não fossem dos amores interditos por lei à rendição
pelos brandes costumes trocavam os lençois brancos
por um desvio intenso de duas horas sem queixumes.
Tece tece tecedeira que o Bom Deus tudo perdoa
aos que com acácias ordeiros se submetem ao poder.
Tece enquanto podes há trabalho e há máquinas.
Ainda não foram vendidas tece enquanto há fios
salários baixos emprego precário o coração apertado
quase fora do peito tece pequeno o teu desespero.
Se o óleo fígado de bacalhau do purgante acabou
prega-lhe de castigo com terramicina a dobrar
com a justa epistomologia tece tece a tecnocracia.
Paises de delatores e denuncias pátrias de merdas
que entregam os vizinhos ao degredo e à morte.
Haverá futuro? Vale a pena escrever da má sorte?
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