sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CINTURA DE LIBERDADE


As mangas da camisola vermelha
em nó-mudo sobre a cintura
onde começa a melhor poesia
contornavam os lírios da fonte.
Pendiam em desígnios de liberdade.

Em esboços de movimentos e negas
por cima e no meio das pernas longas
que sem o ilusionismo das palavras
pumas pareciam ter sido apanhadas
em flagrante excesso de velocidade.

Pareciam ter escapado do catálogo
da nova colecção Primavera-Verão
passadeira feita praia até às rochas
à ponte de madeira mais próxima
e montinhos de areia ao natural.

As mangas da camisola vermelha
caíam sobre o formatação do peito
como dois braços à espera de vez
universo ao qual nunca chegarão.
Sentimentos muito perto do infinito.

Dois ramos pintados da côr do desafio
do novo moço da loja dos petiscos
percorrendo sem remorsos asnádegas
do sucesso do pão em molho picante
descodificando a mensagem no sorriso.

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