sábado, 3 de dezembro de 2016

3. Comércio Internacional



Quando o Mediterráneo hoje tão triste
deixou de ser o abismo da perdição
no desígnio e morte de cada náufrago
mas o caminho certo em barcos seguros
pelo mar calmo que juntava os povos.

A porta da entrada do comércio internacional
não a sepultura de vidas feitas mercadorias
do confronto moral do desespero, da impotência.
cada dia mais profunda, o tráfico negro do nada.

Documento de recusa das águas mais duras
como fronteira derradeira e definitiva da divisão
de namoros de risco e casamentos com a morte.
Assim só deus se de velho não adormece demente.


Sem comentários: