sábado, 3 de dezembro de 2016

2. Carrara de Canova e Freud

”Cada pessoa é um abismo, dá vertigem olhar dentro delas”. Freud

Desperta solfejo memória da tarde
abotoa a camisa sem azedume nem brilhantina
a fúria só vai passar a falar em voz baixa
dormir na alcova depois da multiplicação da morte.

Que lhes mostrem as feridas de Heitor
ainda maiores que as chagas de Cristo
Rei de Esparta senhor da guerra dono do mundo.

A bela princesa que do protagonismo mediático
decidiu voltar ao circuito privado das metáforas
Com o mármore sensual Carrara de Canova.

Nem os caras queimadas da Abissínia lhe valeram.
Há sempre uma flecha divina um calcanhar que dói mais
que um coração trespassado pelo engano do ciúme.
Freud, a espada do herói de Esparta foi muito mais forte.


Sem comentários: