sábado, 3 de dezembro de 2016

2. Rosa Vermelha



Foi no bar da equação da sede no cais do regresso
que se tinha espalhado sobre as mesas corridas
fruto da adesão ao perfume feminino da ficção.

Para identificação decorado a barriga das pernas
à espera dos heróis do povo e outros que não eram
servindo bebidas e outras entradas de boas-vindas.

Depois despedindo-se no silêncio da noite se despe
do preçário livre em moedas, a rosa como carinho
deixando florida a alma vermelha na roupa que veste.
As curvas húmidas pelas alamedas do caminho.

Tanto rima tanto mistério tanta blusa de vénus
tanto desejo louco por explodir por se derreter
até roupa nenhuma até Tebas do culto perdido.
O declínio do mito-pecado que os povos faz viver.


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