sábado, 3 de dezembro de 2016

6. Inspiração



De dia era mulher vestida de sexta-feira
que da degustação sabia a fim-de-semana.
Na hora de se acomodar no sofá e deixar
a água morna do rio subir as suas margens.
Inundar a terra limpar para a pedra saciar o fogo.

Ninguém se despia como ela, parecia cena de novela
pintada de azul da cor do vitral, desenhada na janela.
Para motor estimular, acelerar a circulação do carbono
deitava-se sem pijama e fingia estar a morrer de sono.

Do princípio ao fim do baile, da visita breve da tarde
dá-me alento amor quero-te afável, feita inspiração
enfeitada assim, promessa em botão do nosso jardim.


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