Era a biografia
mundana do povo, viajava de metro
por vezes na
vertical, na horizontal e vice-versa
sem bigamia
proibida feito alfaiate e com muita folia.
O destino era o
mesmo, o prazer medido ao decímetro.
Aqueles lábios
grossos maduros, a saber a tangerina.
Aqueles cabelos
soltos entre as mãos frias do tempo.
Aqueles seios
aprisionados pelo vestido da avenida.
Do passeio agora
livres pelas carícias fortes do vento.
Muita melancia
aberta, amêndoas, muito navio parado.
Muita parceria
ousada, maminha de chocolate éclaire.
Regalia e
amentolia para abaixo a coisa entrar melhor.
Esteve no vinho, na cama e na poesia de Baudelaire
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