Aos berros na
rua gritava fora de si.
Presunto vai mas
é levar na peida.
Meu cavalo de
nylon sem ferradura
feito de natas
de iogurte e de manteiga.
Dizem no Laos meu
amigo-irmão
”Sabendo tecer
não desperdices fio,
sabendo falar,
não desperdices as palavras”
Estava sentada
no tampo da escrivaninha
papelão a meia
luz para ver o strip inesperado
da bela batata
descascando-se cuidadosamente
com a lâmina
mais afiada das facas da cozinha.
Nesta social
partilha global vivemos um tempo
que parece ter
chegado para ficar para sempre
- em que as
lesmas e minhocas cor de alpaca
com um baton
sedutor e um papillon de marca
uns tomates
castanhos e tetas venham venham
pensam
ser gente, os donos da merda do mundo.
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