”A arte é plágio
ou revolução” (Gauguin)
Não é sumo de
laranja que os soldados
da Rússia bebem
ao pequeno-almoço
dizia-nos com sorriso,
muitos anos depois
o membro do
governo de um país amigo.
O tempo passa, de
barbas brancas costas curvadas
recordava o mel,
entre iogurtes e kefir com açúcar
o perfume da
primeira tradutora do instituto superior
a professora de
russo e a longa viagem de comboio
de Moscovo até
Ordzhonikidze (hoje Vladikavkaz).
Os sonhos eram
outros e a revolução ainda mais era.
Entre camaradas
com fome não se praticava o sexo
nem se fazia
amor. Partilhava-se até á última gota
ao arranhão
internacionalista, a amizade fraterna
a solidariedade
entre as filhas e os filhos do povo.
Budapeste.
Momentos pelo (deste) mundo que é o nosso (2015-2017)
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