Estavam sentados no eléctrico e de forma discreta
tocavam e trocavam de joelhos, de mãos e respiração
tão sorrateiramente que eu tinha de estar atento.
Não me fazer notado e poder observar com atenção
apreender toda a íntima magia daquele momento
em local em movimento sobre os carris da emoção.
De janelas escancaradas trocavam de olhos e sorrisos
despiam e vestiam a alma a crescer da felicidade
e não escondiam o fogo que lhes ia no coração.
Tive pena que saíram antes de mim e não os poder seguir
ver como caminhavam, abraçados ou de mãos dadas
beijando-se com tempo junto ao castanheiro bravo
ou apressados para casa dela sem um minuto a perder.
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