Quando se chega à idade da reforma
faz-se um novo balanço da vida vivida
olha-se mais para trás, para o que foi feito
e menos para o presente que parece fugir
para o que está por começar e concluir.
Estamos em dezembro, penso e escrevo
é último mês do ano, não o último da vida
sem resignação, com ideias e com esperança.
Lúcido sem arrependimentos nem amarguras
pronto para abrir a janela, a porta que me
leva
para o quintal, para o jardim das lembranças.
Uma longa introdução para chegar onde queria.
Há uma canção francesa com mais de
meio século
para a qual desde criança guardei como um desejo
de inventar a tradução que falasse do meu coração.
O que valeria a vida sem os sonhos e a melancolia?

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