O dia acordou farrusco nos seus olhos
anunciava tempestade ou muita chuva.
A noite deitou-se em luz e solidão
adivinhava o adeus final da madrugada?
Monótono o tempo passava vagaroso
lá em casa já todos tinham partido.
De manhã não havia quem fosse preciso
despertar para não se atrasar no trabalho.
A vida tinha-se tornado quase vazia
não tinha de esperar ninguém à porta
ou o tocar do telefone sobre a mesinha
a avisar do atraso e da hora da chegada.
Resignada e em paz pedia a Deus
que quando, fosse rápido e sem demoras
não deixasse más recordações aos seus
e se lembrassem das tantas horas boas.
Pai vem por mim antes que a doença
faça de mim quem eu não sou!
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