quinta-feira, 7 de agosto de 2025

A boa estrela nunca nos abandonou

 

Nestes momentos de olhar para trás 

é bom não esquecer o grande carvalho 

que bruta a tempestade de raiz arrancou 

e por muito pouco não nos atingiu 

 

Nem a janela que a corrente de ar

e que o vento forte mandou abaixo 

com os vidros feitas lâminas da morte 

a cair com estrondo a um nada de nós

 

Ou quando com as filhas lá atrás

o carro derrapou no gelo que fina 

a neve disfarçava e tombou na berma  

e nenhum de nós sofreu um arranhão 

 

Que sem uma manifestação de gratidão 

e de termos passado uma parte da vida  

a arriscar a sorte e a esticar o destino 

a nossa boa estrela nunca nos abandonou.

Sem comentários: