quinta-feira, 17 de abril de 2025

Rapsódia Húngara No. 6 de Liszt

 

Ó Meu Amor, aconteça o que acontecer 

por muitas mágoas que sintas e tenhas 

mágoas por mil razões sedimentadas

barco afundado carregado de pedras.

 

Para a despedida, para a tua partida 

que fria e impiedosa a vida justifica

peço-te, nunca me deixes abandonada

sozinha e perdida à beira da estrada. 

 

Perdida, triste e por dentro escurecida

entre uma terra nova e outra desconhecida

a meio caminho entre a dor, o amor e o nada

sem saber o rumo nem tão pouco o futuro.

 

E é tão bom quando fazemos as pazes 

quando as fúrias, as guerras e os ciúmes 

dão lugar à paz e corremos para o reencontro.

 

E nos despimos para nos vestirmos um do outro 

adormecemos lado a lado cansados e felizes

- A descansar em cinzas ao gosta do Bom Deus.

 

Ó Meu Amor, nunca te vou esquecer 

- Os teus olhos são a noite no mar 

- São o mar na noite, no dia da noite.


Sem comentários: