Ó Meu Amor, aconteça o que acontecer
por muitas mágoas que sintas e tenhas
mágoas por mil razões sedimentadas
barco afundado carregado de pedras.
Para a despedida, para a tua partida
que fria e impiedosa a vida justifica
peço-te, nunca me deixes abandonada
sozinha e perdida à beira da estrada.
Perdida, triste e por dentro escurecida
entre uma terra nova e outra desconhecida
a meio caminho entre a dor, o amor e o nada
sem saber o rumo nem tão pouco o futuro.
E é tão bom quando fazemos as pazes
quando as fúrias, as guerras e os ciúmes
dão lugar à paz e corremos para o reencontro.
E nos despimos para nos vestirmos um do outro
adormecemos lado a lado cansados e felizes
- A descansar em cinzas ao gosta do Bom Deus.
Ó Meu Amor, nunca te vou esquecer
- Os teus olhos são a noite no mar
- São o mar na noite, no dia da noite.
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