quinta-feira, 17 de abril de 2025

Fantaisie-Impromptu, Op. 66 de Chopin

 

Seria pelo desleixo das roupas 

da maquilhagem pouco cuidada

como para disfarçar tanta alegria 

a felicidade desenhada no rosto

 

que afaga o peito 

que enobrece a alma 

que acicata o gosto 

e desperta sentimentos.

 

Por um instante o olhar parece ausente 

perdido algures entre memórias e desejos.

A mão meiga que toca no cravo vermelho

talvez por ser abril e passear por Lisboa.

 

Ali se perdeu com ela pelas suas ruas estreitas

com a melancolia tardia de algum sefardita

pelos labirintos miradouros e ruelas de Alfama 

pelas tabernas, travessas e becos da Mouraria. 

 

Nada levava a pensar que aquela linda moça 

estava ali para te ouvir te acompanhar e confirmar.

Pelo menos o piano não magoa os dedos como as guitarras.

E eu levei isso muito a sério: Frédéric Chopin


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