Seria pelo desleixo das roupas
da maquilhagem pouco cuidada
como para disfarçar tanta alegria
a felicidade desenhada no rosto
que afaga o peito
que enobrece a alma
que acicata o gosto
e desperta sentimentos.
Por um instante o olhar parece ausente
perdido algures entre memórias e desejos.
A mão meiga que toca no cravo vermelho
talvez por ser abril e passear por Lisboa.
Ali se perdeu com ela pelas suas ruas estreitas
com a melancolia tardia de algum sefardita
pelos labirintos miradouros e ruelas de Alfama
pelas tabernas, travessas e becos da Mouraria.
Nada levava a pensar que aquela linda moça
estava ali para te ouvir te acompanhar e confirmar.
Pelo menos o piano não magoa os dedos como as guitarras.
E eu levei isso muito a sério: Frédéric Chopin
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