Dá-me um minuto de atenção
mesmo que esse minuto se faça horas e dias
tu já tenhas há muito desligado o telefone
e eu continue a falar sem parar nem respirar.
Há muito tempo que te queria dizer
que esta nossa linda aventura
tão pouco comum, tão fora de caixa
não pode acabar só assim
sem um último encontro, uma despedida.
Sei muito bem, não preciso que repitas
que tudo tem um princípio e um fim
como há tempos que a ribeira vai cheia
e outros que está seca sem pinga de água.
Não é por isso que o pintassilgo deixa de
cantar.
Quero que saibas de uma vez por todas
faminta e despida de qualquer tola autoestima
"sem ti não há sol que me aqueça
nem pão que me apeteça".
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