quinta-feira, 17 de julho de 2025

Sem ti não há sol

 

Dá-me um minuto de atenção 

mesmo que esse minuto se faça horas e dias

tu já tenhas há muito desligado o telefone

e eu continue a falar sem parar nem respirar. 

 

Há muito tempo que te queria dizer

que esta nossa linda aventura 

tão pouco comum, tão fora de caixa

não pode acabar sem o último adeus

sem um último encontro de despedida.  

 

Sei muito bem, não preciso que repitas

que tudo tem um princípio e um fim

como há tempos que a ribeira vai cheia 

e outros que está seca sem pinga de água.

Não é por isso que o pintassilgo deixa de cantar.  

 

Quero que saibas de uma vez por todas

faminta e despida de qualquer tola autoestima 

"sem ti não há sol que me aqueça

nem pão que me apeteça".


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