quinta-feira, 17 de julho de 2025

Já fui alameda

 

Leitor que nunca me vais ler

sabes é em ti que estou a pensar

é para ti que estou a escrever.

 

Escrevo sabendo quão ingrato 

é o papel do autoproclamado 

escritor anónimo e desconhecido. 

 

Como já antes escrevi não é por não ser lido 

nem saberem de mim que vou desertar

as palavras com que me levanto e caminho.

 

Hoje com um jovial e acrescido optimismo

gostaria de afirmar que não conheço

ninguém que seja feliz sozinho.

 

Não estou a dizer que não há pessoas 

que estão sozinhas e são felizes

mas eu não conheci nem as conheço.

 

Procura em cada dia a felicidade 

o carinho que faz bem e faz viver

a ternura que não tem tempo nem idade.

 

Procura o amor verdadeiro 

aquele que quanto mais se dá 

mais há para dar no armazém do coração. 

 

A amizade que como uma boa cola, 

cola tudo o que há de melhor entre nós 

cola os sentimentos e a festa da vida 

 

Sim é-se muito mais feliz 

se a felicidade for partilhada e se multiplicar.

Vale a pena manter abertas as portas da vida.

 

"Já fui alameda  

praça, largo, avenida. 

Já fui caminho, vereda 

e hoje se sou beco sem saída 

em mim tenho ainda abertas 

todas as portas para a vida"


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