Se eu posso fazer um pequeno pedido
por favor com esse ar desengonçado
mostra mais um pouco da tua barriga
senta-te como vieste despreocupada
com os pratos e o sorriso na bandeja.
O código da pulseira encriptado no olhar
o telemóvel na mão e ao pescoço o cartão
a roçar a concha da blusa na rocha da praia
formação continental de pedra volumosa
com o fio de algodão enrolado à tentação.
Passagens virtuais e realidades paralelas
ou outra coisa qualquer, os meus olhos
estavam como lapas coladas ao umbigo
em pensamentos de alguma fome
por esse pedacinho menú da tua pele.
Menú semanal do prato com mais saída
de quem ao sol já passou boas horas
dizem o sol quando nasce é para todos
e da luz, o meu almoço sabe-me melhor.
Assim começava o meu texto de hoje.
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