terça-feira, 1 de abril de 2025

Tarde de primavera


A poesia de hoje apenas faz sentido 

se for dirigida à entrega e à conquista 

escrita para ser lida e depois esquecida.

Dizia com um rasgado e sábio sorriso.

 

Percorria os caminhos do seu escolhido 

que tão bem sabia como formar e ensinar

guia espiritual na grande avenida da vida

o raio de sol que iluminava o crespúsculo. 

 

Para a festa acabar asseada e perfumada

pedia sabonete, um pente e uns chinelos

fazia seguro dos pedidos serem atendidos

que tudo faria para ele se sentir em casa.

 

Depois vieram também tempos de outras festas

tempos de ser esquecido e das más notícias 

do segredo bem guardado da sua nova aventura  

do verão que começou nessa tarde de primavera.

 

A poesia de ontem era escrita em pergaminho. 

Hoje está escrita no rosto, escrita no teu corpo.

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