Na azáfama de ter tudo pronto a horas
é tempo de descascar favas e ervilhas
com martelinho partir nozes e amêndoas
lavar à mão na bacia de zinco garfos e pratos.
Como quer aprender primeiro com a vida
passa os dias a encher e despejar copos
a correr às mesas e mover mundos e fundos
devolver os trocos a pensar no pouco que fica.
Mas há sempre um momento Damasco de clique
de limpar as escamas dos olhos e do pargo
tempo de preparar o novo algoritmo do almoço
de acender a fogueira e deixar de ser parvo.

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