Comecei a escrever este apontamento
algures no trilho da Cascata Mostnica
e o rio de montanha com o mesmo nome
onde o elefante que se perdeu veio matar a sede
no caudal das águas que alimentam o Lago Bohinj.
Uma deliciosa queda de água quase anónima
logo no início e no final de uma difícil subida.
Chama-se ponte do diabo porque para um precipício
com aquela altura e perigo não havia mais ninguém
com tomates para a construir que não fosse o diabo.
Matreiro e velhaco impôs uma condição
a alma do primeiro a atravessar a ponte
seria sua propriedade para a eternidade.
O bispo da terra decidiu contornar o assunto.
O sacrificado foi um cão enganado por um osso.
Se fosse agora seria o bonito caía a ponte e a
Trindade
os amigos dos animais não deixariam a coisa pela lenda.
Para amenizar o conflito fala do que vistes
- As pedras não crescem nas árvores
mas as árvores crescem nas pedras.
No caminho de Savica é proibido pescar
desaconselhável desejar peixe frito
fotografar e partilhar avisos de zona
- Pela gargalhada aqui há gato
porque nesta terra escreve-se cona.
Não me levam a mal, mas por vezes é bom recordar
- Em Mostnica e Savica o eco barulhento das águas
fazia-me lembrar o mar da Nazaré a labregar.
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