Um cálice de aguardente para te trazer de volta
para me ajudar a guardar-te nos meus braços
para haver lenha quando as noites frias acabarem
e da distância as manhãs fechadas abrirem os olhos.
Recordar-te como te escondias feminina
como se no prédio fosses a nova inquilina
- Como quem corajosa subias ousada a colina.
Recordar-te como desaparecias na neblina
e os teus olhos de gata eram a lamparina
- Feita luz aparecias nua por detrás da cortina.
Um cálice de aguardente para te trazer de volta
tu que dizias que eu era o sal e a tua gasolina
para me ajudar a guardar-te nos meus braços
resina do meu pinhal sabor da doçura mais fina.
Sem comentários:
Enviar um comentário