”O tempo leva tudo, até mesmo a memória” Virgílio
No mapa mundi do poder
a geometria privada das águas
trazia até nós as palavras
a narrativa anunciada do anoitecer.
Chegava abrindo a porta toda à luz
mediana
que ali fazia lembrar o seu sorriso de filigrana
aquele momento de ternura levantado da lama
o amor de vidro partido pelo triste telegrama.
Descia como quem fica - com a má-fama.
Esticando o corpo - a espaços a alma.
Tropeçando na pedra - caindo na cama.
Um sorriso leve de noite feliz - tão calma.
Cartografia do luto: chegará o dia minha flor
que até o amor mais profundo morrerá de dor.
Sem comentários:
Enviar um comentário