sábado, 3 de dezembro de 2016

9. Dália vermelha



Licor passeia a sonolência secreta da beleza
pela passadeira da praia, a bela dália vermelha.
Preguiçosa espraiava-se pela marginal da vida
e comigo pelo intenso baixo-relevo do desejo.

Deslumbrante com as palavras perdidas no seu peito.
Os teus olhos de terra castanha marcavam o ritmo
o ritual do fogo que finalmente me levava ao sonho.
Água perfumada figueira a arder. Era a vez do prazer.

No porto próximo da autonomia conquistada do sonho
o vento acentuava a demarcação das colinas
a luz revelava o relevo lunar das praças do teu país.
Voltarei a escrever feliz que foi contigo que adormeci.



Sem comentários: