sábado, 3 de dezembro de 2016

8. Vinho



Depois das rezas de sexta trabalha ao sábado
e dorme no domingo até querer e da gratidão
sente-se bem de pé, na idade da plenitude
olhando à volta do vidro, a latitude do perdão.

Antes de comer visita o quarto da escrava
e do coração manda fazer uma nova mesquita
com dinheiro estrangeiro acumulado do crude.
A lâmina fria corta e deixa a vida na escuridão.

Leitão não! Vinho nem pensar!
Carneiro chá e coca-cola pois então!
Quanto à circuncisão logo se decide.
Perdão! Mata primeiro e pergunta depois!
Como Marx eu também repito ”tenha cuidado
ao acreditar numa pessoa que não gosta de vinho.”


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