sábado, 3 de dezembro de 2016

7. Begónia



Nem harpas de silêncio pétalas e janelas verdes
a magia das palavras que plantando regavam.
A begónia altiva da multiplicação intensa do sonho
que da idade, crescia livre nos subúrbios da cidade.

A avioneta parada no ar à espera do vento sul
carregado de promessas para a próxima primavera.
Cozinheira de avental bordado com desenhos de ramos
como quem dizia: não tenho mais nada sobre a pele.

Tão bom saber e repetir até ao último dia em flor
que deusa intocável a lua nova está escondida
no cacifo individual do banho turco que nas traseiras
faz esquina, com a porta de entrada do nosso amor.


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