sábado, 3 de dezembro de 2016

6. Puta fina



Antes partia as costas na apanha do arroz.
Do mercado já se sabia que para igual dor
o outro trabalho era pago em melhor condição.

Puta fina puta divina. És tão sabida Sabina!
As nádegas abismo eram o pecado da perdição
a vulva à mostra, eterno o inferno da cobrição.

Até Jerusalém na cama feita com os inimigos
fazendo-se passar pela madrasta dos segredos.
Gostava de instrumentos sobre-dimensionados
para inveja dos sacerdotes e outros rabinos.

Denunciava Robin dos Bosques e o melhor que tinha
era morango, a lábia fluente e fina a língua comprida.


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