sábado, 3 de dezembro de 2016

16. Apollonie de Joséphine



A cotovia bisneta da velhinha toda desdentada
por quem a multidão em praça pública rezava
marota fechou a porta mas deixou aberta a janela.
- Quem te viu e quem te vê priminha embalsamada.

Furiosa a serpente pregou uma tal dentada
pobre ninho de pardal da Apollonie de Joséphine
que de tanta tensão tanto homem tanto orgasmo
ficou feita musa-mulher, a melhor escultura de pedra.

Libertárias só falam de sexo quando se pöem por cima.
Até lá discutem a igualdade do cujo e o futuro bio-tomate.
Sem ritmo pedalando a bicicleta querem a luz apagada.
Ele dizia “no creo en brujas, pero que las hay, las hay.”


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